16.9.06

A Penetração das Pseudociências nas Universidades Brasileiras

A quem interessar possa, estou disponibilizando o artigo que apresentei no Congresso Latino Americano de Pensamento Crítico na Argentina, há exatamente um ano atrás: A Pseudociência nas Universidades Brasileiras.

Aquele, o congresso argentino, foi um belo momento da minha vida que teria impulsionado bastante minhas atividades céticas se não tivesse coincidido com uma enorme virada profissional (para melhor) na minha carreira. Por causa disso, desde então não tive tempo nem disposição de tentar publicar o artigo em lugar nenhum e só o fiz circular entre os amigos mais próximos. Como acho que o trabalho fcou muito bom, penso que é um pecado deixá-lo guardado na gaveta. Por isso, aqui está, ainda que tardiamente. Assim que tiver tempo eu o publico de maneira decente, provavelmente no Projeto Ockham.

[atualização] O artigo está disponibilizado logo abaixo, via iPaper.

Read this doc on Scribd: A pseudociência nas universidades

16 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Excelente seu artigo, parabéns. É realmente lamentável a força das pseudociências nas universidades Brasileiras. Mas é bom saber que existem pessoas com bom senso nesse mundo ainda. Parabéns novamente!

5:32 AM  
Anonymous Anônimo said...

Muito bom artigo, parabéns..

Poxa, faz tempo que o ockham não é atualizado né =/, um site tão bom =)

Abraços!

6:49 PM  
Anonymous Anônimo said...

Opa.

Não consegui descompactar os arquivos. Baixei tanto o arquivo zipado pdf.zip e o video que mov.zip, porém ao tentar descompactar aparece a seguinte mensagem:

$ unzip downloadFile.pdf-zip.zip
Archive: downloadFile.pdf-zip.zip
End-of-central-directory signature not found. Either this file is not
a zipfile, or it constitutes one disk of a multi-part archive. In the
latter case the central directory and zipfile comment will be found on
the last disk(s) of this archive.
unzip: cannot find zipfile directory in one of downloadFile.pdf-zip.zip or
downloadFile.pdf-zip.zip.zip, and cannot find downloadFile.pdf-zip.zip.ZIP, period.

11:39 AM  
Blogger Widson Porto Reis said...

Oi Adriano,

Não consegui reproduzir o problema, mas mudei o formato dos arquivos. Tenta de novo agora.

Valeu

7:51 PM  
Anonymous Anônimo said...

Opa, Widson.

Consegui baixar o arquivo em pdf por uma forma menos ortodoxa. Eu abri no Firefox, e salvei a partir dali mesmo. O vídeo em flash, consegui baixar e descompactar. Mas não achei um player pra executá-lo, no Linux :.(. O vídeo em mov, acontece o mesmo erro na hora de descompactar que ocorria antes.

Quanto ao texto, penso que, realmente, é um problema ministrar cursos "esotéricos" sem terem uma devida comprovação científica de sua eficácia. Dessa forma, caindo sim num relativismo. Porque o curso sendo ministrado na academia pode passar como subentendido que já teve uma prévia comprovação, respaldando um conjunto de saber como científico.

Abs.

8:30 PM  
Blogger Widson Porto Reis said...

Adriano, tenta o arquivo .mov agora.

Quanto ao swf, no Mac e no Windows funciona só arrastando pra dentro da janela do browser (desde que ele tenha o plug-in do Flash instalado).

Valeu
Widson

11:01 PM  
Anonymous Anônimo said...

Opa, Windson.

Baixei o .mov e consegui descompactar na boa. Só para ratificar, já consegui baixar os três arquivos e descompactá-los; porém só o .swf que não consegui executar, mas isso é problema meu :D.

Só mais uma coisa: a apresentação em .swf está em espanhol do mesmo modo que em .mov?

Obrigado pela atenção.

Sds.

4:33 PM  
Blogger Widson Porto Reis said...

O .swf é igual ao .mov, só que não tem as transições bacanas...

5:43 PM  
Blogger Widson Porto Reis said...

"No entanto, acho que você peca quando afirma que uma das causas disso é a difusão de uma postura relativista vinda das ciências humanas. Sou graduando em Ciências Sociais e posso afirmar que o Relativismo que você citou é apenas uma versão bem rala do relativismo metodológico. "

Diogo F., eu entendo seu comentário.

Quando circulei esse artigo entre alguns amigos houve quem me avissasse que esse trecho poderia suscitar um mal estar entre as Ciências Sociais. Eu ignorei o aviso, porque entendi que o texto não deveria ser lido como uma generalização. Ou seja, é claro que a difusão desse tal relativismo que assola as ciências não é exclusividade das ciências sociais (está aí a UNB com seus engenheiros do NEFP falando asneiras em nome da ciência). Mesmo assim os maiores absurdos relativistas que já ouvi vieram de pessoas como Historiadores, Sociólogos e Filósofos (como a Marilena Chauí).

Se você pensar bem verá que é só isso o que pode ser deduzido a partir da minha frase "francamente impulsionado pelas ciências humanas e sociais, este relativismo paralisante (...)"

Valeu
Widson

5:55 PM  
Blogger Orlando Tambosi said...

Widson,

tomei a liberdade de chamar lá no meu blog, onde já há link para a sua página.

Abraço

10:07 PM  
Blogger Delerue said...

Diogo f e Widson, desculpem-me a intromissão, mas queria dizer algumas coisas. Sou bacharelado em Cinema e tenho acesso direto a um estudante de Sociologia pela UERJ e a uma professora de História da Arte na UERJ e Universidade Federal de Juíz de Fora. Além disso, venho estudando as origens e causas dos relativismo pós-moderno há alguns anos. Posso dizer que todos esses ambientes (artes e ciências sociais) são extremamente relativistas. Não é um caso isolado, mas um consenso quase pleno entre esse pessoal de que 'tudo é relativo'. Isso porque as artes são relativas a interpretações extremamente subjetivas (para não dizer aleatórias...), assim com as ciências sociais utilizam métodos que levam em conta dados que são relativos (época, sociedade, cultura, etc.) e mesmo assim costumam gerar dados não muito precisos. Embora esse cenário relativista seja mais grave nessas áreas, é nítido que a noção de Ciência, de um modo geral, está cada dia mais deturbada. Mesmo dentro de cursos de exatas (incluindo as ligadas ao método científico!). Experimentem perguntar a alunos desses cursos o que é o método científico, para que serve e como funciona. Nem sequer ouviram falar em Popper... Se as pessoas que estudam a Ciência não a entendem, como podemos esperar que a grande população pense objetivamente? Somemos a isso a existência de atraentes pseudociências e ao problema que o Widson relata nesse artigo, e então teremos uma mente pronta pra engolir os sapos pós-modernos, chegando ao cúmulo de (tentarem) renunciar a lógica.

6:24 PM  
Anonymous Gerson B said...

Quando escreveu "apuncultura" você queria dizer acupuntura, não? Se puder dê uma corrigida.

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Sou médico e já vi coisas interessantes em Homeopatia, difíceis de explicar. Não acho que não funciona.

Mas tambem acho o método instavel e nada científico. Quando se acerta o remédio ocorrem melhoras difíceis de explicar como sugestão ou acaso. Mas não é fácil acertar.

5:30 PM  
Blogger Widson Porto Reis said...

Caramba Alexandre Lopes, a ciência está com os dias contados.....

8:34 PM  
Blogger Bruno Feitosa said...

Recentemente, vi uma matéria que falava sobre um acordo entre o governo e o vaticano, para implementação oficial do ensino religioso nas escolas públicas. Tenho me preocupado com isso na sociedade inicialmente, mas após notar o "floramento" de várias "igrejinhas" protestantes várias por cidade, que já tinham no minimo não uma mas umas tres(as católicas), agora voltam-se para o ensino superior como diz o seu artigo(achei excelente por sinal, e gostaria de parabenizalo) o ponto aqui é na minha faculdade "uma crente" que é do meu curso de ciências biomédicas conseguio que um espaço nas palestras para um charlatão da igreja dela falar por 1:30 sobre pseudociência e graças a um grupo de professores conseguimos que fosse deferido! Mas todo ano essa 'comunidade' esta precionando... E como aqui é uma instituição particular temo que, pelo dinheiro, quero dizer influência, venha a ocorrer a morte da ciência. E tudo mais que disso possa decorrer.

11:44 PM  
Blogger JoBronze said...

Olá Widson! Tudo bem? Seu artigo me interessou bastante.

Sou psicóloga. Você não imagina como é o sofrimento de uma profissional "não mentalista" nesta área de estudo. Nas grandes livrarias, só é disponibilizado o que é mais procurado: livros sobre inconsciente, equilíbrio da mente, etc, etc. Sou behaviorista, não aceito dualismos e explicações psicanalistas.

Neste ano, apresentei um trabalho sobre o amor e as escolhas afetivas. Fiquei impressionada com a maneira que as pessoas "se chocaram" com uma apresentação científica sobre o assunto. "Mas o amor enaltece, é inexplicável, um encontro de almas, não podemos tentar entender". Triste ouvir esse tipo de comemtário.

A ciência é tão bonita, mas as pessoas não conseguem (nem desejam) ver.

Bom, poderia falar por horas dos absurdos desta área. Mas fica para a próxima!

Parabéns, um grande abraço,

Joana Bronze.

11:31 AM  
Blogger Unknown said...

Excelente texto. Parabéns.

8:06 AM  

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